segunda-feira, 20 de setembro de 2010

WYSIWYG*

Até hoje esta sigla nada me dizia. Mas nos meus devaneios pela internet deparei-me com ela duas vezes hoje, em dois sítios diferentes, para dizer mais ou menos a mesma coisa. Em ambos, os autores, masculinos, teciam as suas considerações, catalogando tipos de mulheres nas suas relações com os homens. What You see is What You got é atribuido ao tipo de mulheres que não temem mostrar-se na sua plenitude, não procuram criar máscaras que deturpam a sua essencia aos olhos dos outros, leia-se, dos homens. Mas isto é pura especulação masculina e desenganem-se os ipslons convencidos de que são alvo previligiado das mulheres nesta matéria. Porque nós podemos ser de facto autênticas, ou WYSIWYG, sem que consigamos alguma vez ser iguais perante dois homens ou duas mulheres diferentes. A mulher é um ser complexo e tem de facto esta habilidade incontornável de especificar a sua forma de ser perante as centenas de pessoas que com ela cruzam o caminho. Tal é a habilidade, que por instantes até nós próprias duvidamos de algumas dessas características. Pode muito bem acontecer que eu não goste de determinadas atitudes e grosso modo não as adopte, mas que em determinado contexto e perante certas pessoas, dê por mim a reagir de formas que não identifico como minhas. Mas não me considero menos autêntica por isso. Sou complexa, eu sei, mas para qualquer pessoa que se cruze comigo, WYSIWYG ;)

Começo

Desvaneios de uma mulher que se cria e recria com os voos de uma vida, nem sempre própria, apenas recentemente redefinida a partir de si mesma, com as alegrias e as desaventuras que essa opção carrega. Este blog é pessoal e não tem o objectivo de ensinar nada a ninguém. Não tem sequer nenhuma coligação com a verdade nem tão pouco o compromisso de contar a minha história. Porque da minha história partilharei apenas o que eu quiser. Tudo o resto poderá ser apenas o produto de uma imaginação aguçada pelos sentidos ou de um desejo do momento.
Quero uma vida intensa. Ainda que nem sempre feliz. Quero uma vida da qual nunca me queira perder. E agora, quero escrever sobre essa vida.